Quando fui a Lituânia, eu juro que não planejei ir em Užupis (leia-se Újups). Na realidade, eu nem sabia que este lugar existia. Antes de descrever o que vi lá, tenho que contar uma breve história sobre o porque este lugar tem a sua especialidade .

Uma funcionária do Hostel Jimmy Jumps ao qual eu estava hospedado em Vilnius me disse que os moradores de Užupis declararam sua independência em 1997, construindo assim uma constituição própria, moeda, presidente, bandeira e até exército próprio, com 12 homens. Eles celebram sua independência anualmente em 1º de Abril. Nesta constituição de Užupis tem alguns termos interessantes, tais como: "Todos tem o direito de morrer, mas ninguém é obrigado a fazê-lo", "todo cão tem o direito e dever de viver como um cão" ou ""todos tem o direito de não ter direitos"... vai entender... rs

Foto tirada com o celular da placa na entrada de Užupis

Bem vindo a Užupis

Na ponte sobre o Rio que liga Vilnius a Užupis

Pequena história contada, agora vou falar sobre o que eu vi em Užupis. Eu decidi ir de última hora para lá e convenci a minha ex namorada Cristina para ir comigo. A república não tem muitos atrativos, na verdade o que vi foram muitos muros pichados e grafitados, sujeira nas ruas e falta de opção. Assim que se entra na república vindo de Vilnius pela ponte Užupio gatvė, já é possível ver a placa acima, informando sobre a república. Conforme vai entrando na república, o que pude perceber que do lado direito são indústrias e do lado esquerdo uma colina muito grande. De acordo com meu mapa, Užupis tem somente 0,60 km². Praticamente um bairro pequeno. Logo na entrada da cidade tem uma estátua do anjo de Užupis, que divide o lado leste do oeste.

Eu e a Cris andamos até a Polocko gatvė, na altura do nº 23 e pudemos ver um caminho pela neve e decidimos subir. Chegando lá, pudemos ver vários barracos feitos com madeira e plástico preto, nada de muito diferente da realidade brasileira. Logo percebemos que estávamos indo para uma favela.

Casas de madeirae lona logo abaixo

quase chegando ao topo do morro

Continuamos subindo para ver até onde iríamos. Infelizmente chegando ao topo não tinha nada de interessante, somente um pequeno parque infantil, alguns galhos de árvores secos, neve e um vento gelado que doía a alma. Tiramos algumas fotos e descemos.

Frio da porra

Decidimos voltar para Vilnius, porque realmente em Užupis não havia muita coisa interessante para ver. Porém na volta pude perceber que lá era um local um pouco boêmio, pois haviam vários bares meio "cult", com musica ambiente e tals. Percebi também um grande número de ateliers, ou seja, haviam vários pintores. Então associei a quantidade de grafite nas paredes com estes pintores. Mas nada demais.

Foto tirada com o celular de uma das ruas de Užupis com suas pichações e grafites

• Conhecer uma república dentro de um país
• Se quiser comprar quadros, os preços são bons
  

• Local marginalizado
• Sujo e sem atrativos

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