Cheguei em Barcelona pelo aeroporto El Prat vindo de Dublin e paguei aproximadamente 50 euros (+- R$ 140) pela cia aérea Ryanair. Fui para a cidade por causa do aniversário da minha amiga Jacke e para visitar a minha velha amiga Mar. A Jacke mora em Pineda de Mar e a Mar mora em Martorell. Estas duas cidades são localizadas ao redor de Barcelona. (Para ler sobre estas duas cidades clique aqui).

Assim que cheguei, liguei para a minha amiga Mar e ela foi me buscar no aeroporto. É bem simples a saída e não tive mais problemas para encontrá-la. Ela me levou para Martorell e no dia seguinte fui sozinho para Barcelona para conhecer a cidade e fazer alguns programas interessantes. Eu peguei um trem em Martorell e desci na estação de Pl. Catalunya, bem no centrão de Barcelona pagando  € 5,50 (+- R$ 15)

Mapa dos trens de Barcelona. (Clique na foto para ampliar numa nova aba)

Comecei tirando umas fotos da praça e logo vi que haviam alguns ônibus de turismo desses típicos de 2 andares para os turistas andarem e tirarem fotos de tudo. O bom deles é que é possível descer em pontos próprios e pegá-los depois. Paguei 15 euros (+- R$ 40) pelo dia todo e peguei inicialmente a linha azul, então tratei de aproveitar.

Trajetos do ônibus. Pode pegar ele em todos os pontos acima quantas vezes quiser no dia (Clique na foto para ampliar)

Primeiro quis dar uma volta rápida nele e peguei ele no ponto inicial, lá mesmo na Pl. Catalunya e fui direto para a Igreja da Sagrada Família.  Não sou uma pessoa religiosa, fui mesmo pela obra de Gaudi, por saber que o projeto foi iniciado em 1882 e até hoje está em construção.

Foto tirada do Prédio do Banco de Crédito Español de dentro do ônibus turístico

O curioso é que a conclusão da obra da Sagrada Família está prevista para depois de 2026!! Vai saber o porque... uns dizem que é por causa da complexidade da obra, outros dizem que o Governo lucra mais com ela incompleta, outros por causa do centenário de morte de Gaudi... vai saber...

Eu juro que tentei entrar na igreja mesmo com o ticket de entrada custando 25 euros (+- R$ 70), mas desisti quando vi a fila dando duas voltas no quarteirão, aí preferi ficar só do lado de fora mesmo e tirar umas fotos. Em frente a igreja, tinham algumas gift shops e fui nelas para comprar algumas lembranças e logo depois voltei para o ponto para pegar o ônibus novamente e ver para onde ele ia.

Foto Sagrada Familia

Peguei o ônibus e vi que ele iria para o Parque Güell e logo depois para o Camp Nou. Pronto!!! 50% do que eu queria ver em Barcelona já estava no meu caminho. Primeiro fui ao Parque Güell, pois era mais uma obra de Gaudí e com uma história interessante. Assim que cheguei achei meio estranho pois haviam muitas áreas fechadas devido a algumas obras de manutenção e isso me frustrou um pouco, pois a paisagem ficou feia suja.

Entrada principal do Parc Güell vista de baixo

Entrada principal do Parc Güell vista de cima

Ponte de pedra no Parc Güell

Desisti de andar muito pelo parque devido as obras, portanto voltei para o ponto e esperei o ônibus para ir ao Camp Nou, campo de futebol do time do Barcelona. Assim que peguei o ônibus eu vi vários turistas, principalmente escoceses fãs de futebol. Fui ouvindo as informações que o ônibus ia dando para saber um pouco mais da história do lugar (No ônibus vem acompanhando fones de ouvido pra você poder ouvir sobre os locais que está passando no momento ou para onde vai em 16 línguas diferentes).

Assim que entrei no Camp Nou percebi uma energia bem diferente, a mesma que sentia quando ia ao Maracanã (Com as suas devidas proporções). Fui comprar meu ingresso e demorei uns 20 minutos na fila, paguei 18,40 euros (+- R$ 50) com desconto para estudantes. Mesmo se você não falar catalão, não precisa se preocupar, pois as placas de informações são bem intuitivas.

Foto tirada na fila da entrada principal da loja do Barcelona

O estádio é realmente um ponto turístico, pois não é somente um estádio comum, você faz um tour dentro dele. Antes de ver o tão famoso gramado do estádio, eu passei por uma galeria de fotos históricas, contando um pouco sobre a construção do mesmo, passei pela sala de coletiva de imprensa, zona mista, vestiários, capela, rampa de acesso e finalmente a arquibancada. Olhando por alto, ele não é tão grande quanto parece ser, mas lá cabem 100.000 pessoas sentadas. Ou seja, é enorme.

Zona mista do Camp Nou, área onde os jogadores concedem entrevistas após os jogos

Arquibancada do Camp Nou

Fiquei em torno de uns 20 minutos só apreciando o tamanho do Estádio, pois nunca imaginei ir para lá um dia. Em seguida desci as escadas para ver a parte inferior do estádio e quando nem esperava eu estava descendo o túnel por onde os jogadores passam para ir jogar e lá estava eu à beira do gramado. Foi bem emocionante.

A beira do gramado do Camp Nou.

Lá não pude ficar por muito tempo, pois tem muitos fiscais que zelam pelo gramado. Saí dali, subi as escadas todas e fui para as cabines de transmissão das TVs. Em seguida fui ao museu do Estádio. Lá é encontrado todos os uniformes que já foram usados pelo clube, relatos dos maiores jogadores, alguns artefatos já usados, tais como bolas, chuteiras, meiões etc. Sem falar a enorme quantidade de troféus e taças que o Barcelona vem conquistando ao longo dos anos não contando somente com o futebol, mas também no basquete, futsal, rugby, etc.

A taça à esquerda foi a conquista do jogo Barcelona 4x0 Santos em 2011 e a direita contra o Chelsea na final da Champions

Pensei em comprar algo do time na loja, mas os produtos são caríssimos. Por exemplo, um simples chaveiro custa 20 euros (+- R$ 50). Andei um pouco mais pela loja e fui embora, afinal ainda tinha muita coisa para ver.

Peguei meu ônibus turístico na Av. Joán XVIII sentido Av. Diagonal, desci no ponto na Plaça de Francesc Macià e peguei a linha vermelha na Avinguda Josep Tarradellas. A linha vermelha do ônibus estava me levando sentido Montjuïc. Montjuïc significa "Monte dos Judeus" em catalão antigo.

No caminho do ônibus, ele passou por vários pontos turísticos aos quais eu não parei e tirei fotos de dentro do ônibus mesmo, pois já estava ficando tarde, eu estava ficando com fome e ameaçava uma chuva o tempo todo. Durante o trajeto o ônibus passou pela Plaça d'Espanya, CaixaForum-Pavelló Mies van der Rahe, Anella Olímpica, pelo teleférico de Montjuïc entre outros, até descer a colina novamente indo para a área mais famosa à beira da praia, a Ronda Litoral, que corresponde a um calçadão com comércios variados.

Caixaforum-Pavelló Mies van der Rohe, é o atual Museu de Arte Contemporânea localizado em uma antiga fábrica

Subindo o Montjuïc de ônibus

Anella Olímpica, local de abertura dos Jogos olímpicos de Barcelona em 1992, confesso que é menor do que imaginava

Teleféricos de Montjuïc. Não andei porque estava muito caro, 35 euros (+- R$ 100)

Ronda Litoral, o calçadão que beira o mar na área central e revitalizada de Barcelona

 Eu desci na Passeig de Josep Carner, local onde fica localizada uma Estátua de Cristóvão Colombo apontando para o caminho das índias. Lembrando que este lugar onde estive, foi totalmente reconstruído para os Jogos Olímpicos de 1992 e se mantém bonito, limpo e seguro até hoje. Espero que a inspiração do Rio de Janeiro em Barcelona para os jogos em 2016 realmente se mantenham na cidade por muito tempo.

Em seguida continuei andando pela orla na Passeig Colom. O dia estava agradável, pois não estava frio mas também não tinha sol (Em torno de 15ºC), até chegar em mais uma obra de Gaudi chamada "El cap" (A cabeça). Não achei graça nessa obra de arte, mas enfim... já estava lá mesmo rs

Estátua de Cristóvão Colombo

Orla de Barcelona

Obra "El Cap", de Gaudi

Saí da orla e fui em direção ao famoso Barri Gòtic (Bairro Gótico). Este nome não significa que lá é um bairro onde se encontram pessoas góticas que andam de preto e adoram cemitérios. Na verdade, a nomenclatura gótica vem do estilo da arquitetura local. A arquitetura gótica é um estilo arquitetónico que segundo pesquisas, é evolução da arquitetura românica e que precede a arquitetura renascentista.

Em 2011 surgiu uma disputa sobre a autenticidade de muitos edifícios góticos causados ​​pela publicação de uma tese de doutorado intitulada O Bairro Gótico de Barcelona: Planificação do Passado e imagem de marca, de Augustín Cocola. Segundo o autor, a maioria dos edifícios do bairro não são originalmente góticos, mas sim restaurações ou novos projetos realizados no estilo gótico entre os séculos XIX e XX, que sem muita cerimônia, são anunciados como góticos e tem em sua importância artística a condição de muitos deles fazer parte como Monumento Histórico Nacional. Os principais motivos seria a tentativa de atrair o turismo, bem como a identificação da burguesia catalã com a arte gótica como época de esplendor da arte e da cultura catalã.

Sendo gótico de fato ou não, o local é realmente único, com ruas estreitas e construções que a gente só acha que existam em filmes. Os locais me disseram para ter um pouco de cuidado lá, pois é uma das áreas mais perigosas de Barcelona, com assaltos a mão armada (Não, não é só no Brasil que isso ocorre).

Violência a parte, gostei muito do bairro, pois ele é turístico e pessoas de baixa renda que vivem ali, sem o apoio do governo apra nada.

Rua estreita do Barri Gòtic

Mais algumas construções do bairro

Beco típico do bairro

Catedral de Barcelona em estilo gótico na Plaça de la Seu

Infelizmente o problema com a educação não é exclusivamente brasileiro

Saí dali e dei mais umas voltas pelos becos do bairro até que cheguei num dos locais mais chiques de Barcelona. Las Ramblas.

É um conjunto de ruas com várias lojas de marca (Bem caras por sinal) formando um espaço próprio para pedestres. Em alguns locais é possível ver alguns artistas de rua, como pintores, cantores, mágicos, etc.

É um lugar bonito e pode até ser interessante, desde que você tenha dinheiro para gastar lá

La Rambla... ô lugarzinho caro rs

Outra parte das Ramblas

Em seguida fui ao litoral novamente, dei uma volta pela Playa de la Barceloneta. É a praia mais antiga e mais famosa da cidade de Barcelona. Foi toda remodelada para os jogos olímpicos de 1992. Achei tudo muito bonito, limpo e organizado. Pra quem gosta, existe uma área nesta praia exclusiva para a prática do naturismo. Portanto, se um dia você quiser ficar peladão em alguma praia, Barceloneta é uma boa dica rs
A praia em geral estava vazia (A parte dos vestidos e dos pelados), pois como disse antes, estava sem sol e em torno de 15ºC.

Playa de la Barceloneta

 Depois disso voltei para a casa da Jacke em Pineda de Mar porque estava cansado, com fome e com vontade de tomar banho.

No dia seguinte peguei um trem e fui visitar mais alguns locais, mas desta vez andando com mais calma por locais que já havia passado e também na marina. Eu estava muito afim de ir no Museu de História da Catalunha, mas estava fechado para reforma.

Andei mais um pouco e pensei em ir em mais locais, mas infelizmente a grana não permitira. Entenda: Barcelona é uma cidade barata no geral, mas seus pontos turísticos são muito caros. Acaba pesando no bolso se quiser visitar pelo menos 5 locais pagos.

No fim eu gostei de Barcelona. A população é educada, é uma cidade limpa e relativamente barata. Quero voltar agora no verão e com um pouco mais de dinheiro para conhecer mais pontos turísticos, como por exemplo, La Pedrera e a Casa Batlló, ambas obras arquitetônicas de Gaudi.

Em frente a La Pedrera

Casa Batlló, outra obra de Gaudi

Museu de História da Catalunha

Vista da Baía de Barcelona para Montjuïc

Nós realmente vamos dominar o mundo rs

Museu dedicado a Salvador Dali

• Cidade barata em geral
  
• História e cultura em todos os lados
  
• Bem sinalizada

• Preços dos atrativos turísticos
  
• Transporte é relativamente caro
  
• Pontos turísticos distantes
  

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