Antes de começar a falar qualquer coisa coisa sobre a cidade, eu gostaria de citar a minha frase mais usada em Oslo: PUTA QUE PARIU, CARO PRA CARALHO!!!!
Bom, feito o desabafo, vamos falar da capital da Noruega...
Cheguei em Oslo vindo de Berlim (Alemanha) pela cia aérea Ryanair. Paguei na época pouco mais de 20 euros numa viagem de 1:40 hr. Fui para a Noruega com as minhas amigas Laysla e Fernanda. O Aeroporto é conhecido como Oslo Rygge (O nome original é Moss Lufthavn Rygge). Ou seja, ele não fica localizado em Oslo, mas em Rygge, uma cidade a 65 km de Oslo. Tivemos que pegar um shuttle de Rygge para Oslo que nos custou 260 krones ida e volta (+- R$ 100). Muito caro, mas precisávamos pegar senão ficaríamos no aeroporto toda a vida.
Ônibus que faz o trajeto Rygge- Oslo
A viagem é bem agradável e sem trânsito. Chegamos ao Oslo Bussterminal (Terminal de ônibus de Oslo) quase 1 hora depois. A saída do terminal foi um pouco confusa, pois além da Estação de ônibus, há uma integração de trens e metrôs no mesmo local. Pelo menos o hostel em que estávamos (Anker Hostel) fica a uns 15 minutos a pé do terminal. Assim que chegamos já fizemos o check in e fomos para a rua olhar o tão famoso Vigelandsparken.
No caminho, passamos por várias ruas de bairros residenciais muito bonitas. Passamos também pelo Palácio Real de Oslo, que fica dentro de outro parque, o Slottsparken. É um local muito bonito, a negativa é que o Palácio estava sendo reformado e haviam vários andaimes ao seu redor. Mas mesmo assim, como todo palácio, era grande, bonito e suntuoso.
Rua residencial típica em Oslo
Palácio Real de Oslo
O Vigelandsparken é um parque dentro de outro parque, o parque Frogner. O Vigelandsparken é constituído por mais de 200 esculturas em bronze e granito da autoria do escultor norueguês Gustav Vigeland. As esculturas materializam inerências da existência humana, como o trabalho, a ira, a maternidade, o sexo, a fraternidade e etc. Na entrada principal do parque existem quatro grandes portões, que dão acesso a uma ponte, um obelisco, uma fonte e uma área recreativa para crianças. Na saída principal existe a escultura de quatro velhos levantando uma criança, que segundo Vigeland, é um símbolo de eternidade. Na verdade, eu achei as esculturas uma grande forma de orgia em nome da arte.
Entrada do Vigelandsparken
Chafariz em homenagem a Gustav Vigeland
A natureza no local é belíssima
Obelisco principal do parque, feito de estátuas nuas de granito
Existem algumas estátuas no parque que chegam a ser bizarras, de tanto apelo sexual. É claro que a nossa mente nos condiciona a pensar besteiras, e fazer brincadeiras com elas é essencial hahaha
Fazendo graça no Vigelandsparken
Fazendo pose nas estátuas
Ficamos um tempo no parque e fomos em direção a uma área famosa de Oslo, no bairro chamado Aker Brygge, as margens da baía de Pipervika. Neste bairro está localizado os principais restaurantes de oslo, assim como as melhores fotos da cidade. Durante o caminho para o bairro, paramos num supermercado e compramos alguns lanches. Já me assustei pois havia comprado um sanduíche com queijo, alface e tomate, um suco de Aloe Vera e um pacote de batata frita. Tudo isso me custou 110 Nok (+- R$ 45). Soltei aquele palavrão que citei no começo do texto e continuei andando e tirando fotos.
Rua típica de Oslo
Chegando em Aker Brygge, pude perceber que é realmente uma área muito bonita. Vários restaurantes, lanchonetes, gift shops, eventos ao ar livre, muitos turistas e pessoas bonitas. Quando chegamos lá, eu fiquei interessado em fazer um passeio de barco pelos fiordes de Oslo. Fomos até a banca onde se compra os tickets e agendamos para 2 horas depois. Pagamos 260 Nok (+- R$ 100) e fomos dar uma volta até dar a hora do passeio. Andamos pela orla do bairro e fomos até a Oslo Rådhuset (Prefeitura de Oslo). O local é muito bonito e é onde se realiza a cerimônia da entrega do prêmio Nobel da paz. Ficava a menos de 5 minutos de onde estávamos.
Orla de Aker Brygge
Na rua Stranden na parte de cima do bairro
A direita os comércios e a direita a baía de Pipervika
Rådhusetde fundo
O bairro de Aker Brygge é bem pequeno e com menos de 1 hora já havíamos tirado fotos de quase tudo. Como tínhamos comido muito mal, resolvemos entrar em algum restaurante e comer algo. Pela terceira vez usei a frase do começo deste texto. Ou comia ou ficava pobre. Resolvi comer. Pedi uma porção de nachos, batata cozida e um suco de Pitaya. A comida estava muito boa, mas não sei se era muita fome ou se realmente estava boa. Pela primeira vez comi e me enchi na Noruega. Conta: 320 nok (+- R$120). Não preciso dizer o palavrão que soltei depois que vi a conta. Enfim...
Foto tirada com o celular dos Nachos. Pelo menos tinha bastante
Depois do lanche fomos a algumas gift shops e comprei uma blusa de frio, cartão postal, enfeite de geladeira e uma camisa. Até que enfim alguma compra relativamente barata: 230 nok (+- R$ 88). Finalmente a hora de fazer o passeio de barco chegou. Entramos rapidamente, ouvimos algumas instruções caso houvesse um naufrágio... enfim, coisas básicas e ai o barco partiu. Para quem não fala qualquer língua estrangeira uma péssima notícia: O barco não tem suporte para a nossa língua. As instruções são dadas num fone de ouvido que você ganha assim que entra no barco e lá você escolhe a sua língua.
Assim que o barco saiu, já foi possível ver as maravilhas da Noruega. Uma perfeita sincronia entre o progresso e a natureza. Realmente um exemplo para todo o mundo.
Na parte traseira do barco
Comecinho dos fiordes
Minha amiga Laysla curtindo o passeio
Castelo de alguma coisa em algum lugar nos fiordes rs
Perfeita sincronia com a natureza
O passeio dura em torno de 1:15 hrs. Quando acabou o passeio o sol já estava se ponto e já estava escurecendo, portanto decidimos voltar para o Hostel descansar um pouco para podermos sair a noite.
No caminho de volta, passamos por várias ruas famosas em Oslo, entre elas a Karl Johans Gate, que é considerada a principal rua de Oslo. Esta rua liga as duas estações de transporte de Oslo e nela também se situa o Palácio Real de Oslo e o prédio do Parlamento da Noruega. A parte oeste da rua é transitável somente para carros e a parte leste somente para pedestres, com várias lojas e comércio farto. Nesta rua também está localizada a Spikersuppa, uma praça famosa por festas e a maior pista de patinação no gelo ao ar livre dos países nórdicos. Pena que quando eu fui ela não estava em funcionamento.
Praça Spikersuppa
Na Karl Johans Gate
Parte permitida para pedestres na Karl Johans Gate
Mais uma na Karl Johans Gate
Depois de algumas fotos voltamos para o Hostel. No momento em que cheguei no meu quarto do hostel, fiz amizade com um alemão e um sueco/ palestino chamados An Tone e Jamal respectivamente que também estavam no quarto. Eu tomei um banho e descansei um pouco. Depois eu, o An Tone e o Jamal decidimos dar uma volta por Oslo a noite, mas antes o An Tone iria ligar para a família na Alemanha. Quando estávamos indo para o saguão, eu vi duas meninas loiras bem bonitas e decidi puxar assunto. Os caras se assustaram porque na Europa eles não são acostumados com esse tipo de abordagem. Eu me apresentei para elas e as chamei para uma volta na rua. Elas disseram que estavam um pouco entediadas e toparam ir com a gente. Essas meninas se chamam Katrin e Christina, duas austríacas que tinham chegado a pouco tempo em Oslo. Chamei a Laysla e fomos nós para a rua de novo. Fizemos o caminho contrário da Karl Johans Gate e pude perceber um número muito grande de prostitutas nas ruas. Pelo rosto delas, pareciam ser de origem árabe e africanas, pois a presença desses imigrantes na Noruega é muito forte.
Andamos um pouco e entramos num bar típico da Noruega e pedimos algumas bebidas. Como em Oslo tudo é muito caro, neste bar não era diferente. Todos ficaram atônitos com os preços cobrados, mas sabíamos que em todos os bares seriam assim. Então pedi a bebida mais barata do cardápio que se chamava Hurricane (Furacão) e que custava 310 nok (+- R$115). Pela milésima vez falei aquele palavrão do começo deste texto. Mas tomei. Obviamente só tomamos uma bebida e fomos andar um pouco mais. Ficamos bem próximos mesmo com o pouco tempo que a gente se conhecia. Tiramos mais algumas fotos e voltamos para o Hostel, pois a temperatura começou a cair drasticamente.
Bar em Oslo onde a bebida Hurricane fez literalmente um furacão com meu bolso, levando minha grana toda embora
An Tone, Christina, eu, Katrin e Jamal na rua em oslo
Eu não vou mentir: Eu gostei da Noruega e queria voltar lá mais vezes, mas os preços exorbitantes me assustaram muito. O que eu gastei em 3 dias nesse país, eu gastaria em outros cinco esbanjando dinheiro. Enfim, se um dia quiser conhecer Oslo, eu recomendo, mas leve uma mala de grana.
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