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Bruxelas
Bruxelas

Confesso que fui para a Bélgica por "praxe", afinal havia viajado com meu amigo Rodrigo para a França e Holanda. Como morávamos na Irlanda, o voo mais barato para voltar para casa era partindo de Charleroi (Bélgica), e fomos para o país somente pra isso. Porém decidimos ficar por pelo menos 2 dias para poder conhecê-lo também. Sábia decisão que nós tomamos. Eu particularmente achei muito bom o país. Não há tantas coisas interessantes para ver, mas a atmosfera, o ambiente era muito bom.

Nós chegamos em Bruxelas vindo de ônibus de Amsterdam. Uma viagem pela empresa Eurolines que custou em torno de 25 euros. Nós saímos de Amsterdam as 8 da manhã e chegamos em Bruxelas as 10:45 hrs. Uma viagem rápida e confortável. Desembarcamos numa rua do lado de fora do CCN Noordtation em Bruxelas. Outro terminal que achei confuso, pois não há informações em lugar nenhum. Nós entramos nele para tentar achar algum mapa grátis da cidade, mas foi em vão. Então fui numa banca de jornal e comprei um mapa por 5 euros. Mesmo com o mapa foi confuso na saída, pois não há muitas placas com os nomes das ruas.

 

Noordstation

Noordtation vista frontal pelo lado de fora

 

Na verdade, o caminho para o Hotel era seguindo pela parte traseira deste terminal. Então voltamos, caminhamos em torno de 20 minutos e chegamos no hotel (Menos de 2 km do terminal). Desta vez não ficamos em hostel, pois a diária deste hotel era somente 4 euros mais cara do que um hostel. Claro que o hotel não era uma maravilha, mas só de não ter ninguém roncando alto próximo do ouvido já era muito válido. Ficamos no Brussels Royhotel, que fica entre o Jardim Zoológico e a Igreja de Pl. D. L. Reine Koninginneplein. O bairro é bem tranquilo (Na verdade, achei Bruxelas muito tranquilo). Próximo ao hotel e a igreja, num bairro muçulmano, ainda tinham alguns comércios bem baratos. Inclusive ligávamos para as nossas famílias no Brasil numa cabine telefônica dentro da loja, mto estranho, mas era muito barato. Falei por 30 minutos e paguei 3 euros.

Bem próximo ao hotel, havia um Carrefour, e foi lá que fizemos as nossas compras. Tanto comida quanto bebida. Um fato curioso é que na Bélgica, cerveja é mais barata do que água. Uma latinha de 500 ml de Stella Artois custava 0,46 enquanto uma garrafinha de água também com 500 ml custava 1. Vai entender né?

 

Igreja de Pl. D. L. Reine Koninginneplein

Igreja de Pl. D. L. Reine Koninginneplein

 

Rua Royale Koningsstraat

Rua Royale Koningsstraat, a rua do hotel

 

Após termos nos instalado, feito compras e lanchado, decidimos ir para o Atomium. Atomium é um museu de tecnologia localizado nos arredores de Bruxelas. Já era tarde, pois chegamos na hora do almoço e ficamos com medo de estar muito tarde e encontrá-lo fechado. Eu gostaria de ter ido também a Mini Europa, que é praticamente ao lado do Atomium, mas pela hora eu já não tinha mais esperanças de encontrar o local aberto. Pegamos um metrô da linha 1 na estação Botanique, fizemos uma baldeação na estação Simonis, pegamos outro metrô da linha 2 lá mesmo e desembarcamos na estação de Heysel. Da estação até o Atomium leva-se menos de 5 minutos à pé. Mas antes tentamos ir a Mini Europa, que nada mais é do que um espaço com os principais pontos turísticos da Europa, porém em miniatura. Infelizmente já estava fechado, então fomos ao Atomium.

O Atomium é sensacional a primeira vista. É muito grande e é impressionante a arquitetura dele, representando realmente um átomo. Gostei de conhecer, mas não entramos. Ouvimos relatos de que não valia a pena pagar 25 euros para entrar nele, sendo que a melhor parte era a vista do lado de fora.

 

Atomium

Atomium no fundo

 

Como era verão, os dias duram mais, começando a anoitecer por volta das 21:30 hrs. Com isso, decidimos rodar por Bruxelas. Pegamos o metrô de volta e desta vez desembarcamos na estação de Gare Centrale, a estação mais próxima do centro de Bruxelas. Subimos a rua Ravestein em sentido da rua Baron Horta, que é uma rua para pedestres que dá acesso ao Parque Real Warandepark, "quintal" do Palácio Real . O parque é muito bonito, as ruas são muito bonitas, o palácio é muito bonito... enfim, tudo muito bonito.

 

Rue Baron Horta

Rue Baron Horta, rua que dá acesso ao Parque

 

Palácio Real de Bruxelas

Palácio Real de Bruxelas

 

Seguindo o nosso caminho e praticamente ao lado do Palácio Real, tem a Praça Real Koningsplein. Uma praça muito interessante devido as construções ao redor. Pude ver um museu chamado Brasserie, um hotel e uma construção conjunta de uma igreja, chamada Igreja de Saint Jacques-sur-Coudenberg com o Espaço Cultural Cultuurcentrum ING.

 

Igreja de Saint Jacques-sur-Coudenberg

Igreja de Saint Jacques-sur-Coudenberg com o Espaço Cultural Cultuurcentrum ING.

 

Voltamos para a rua onde estávamos para irmos ao famoso Manneken Pis, que nada mais é do que uma estátua de bronze de uma criança mijando. Enfim... No caminho para chegar nele, passamos por várias construções e ruas muito bonitas, entre elas, um local chamado Mont des Arts. É um caminho para pedestres com muitas flores, seria um local ideal romântico mas pena que nele pude observar diversos usuários de drogas, infelizmente.

 

 Mont des Arts
Mont des Arts

 

Pouco antes de chegar na Estátua, entrei numa loja de marroquinos que vendiam lembranças (Gift shops) e comprei algumas coisas, tais como enfeite de geladeira, cartão postal e camisa com nome da cidade. Chegando finalmente na Estátua, eu fiquei muito decepcionado. É uma estátua muito pequena (Deve ter uns 70 cm) e sem nenhum atrativo em volta. Sei que possui toda uma história para a Bélgica e tals, mas já que estava na lá, tinha que tirar uma foto... e só!

 

Manneken Pis

Manneken Pis

 

Em seguida fomos para a Grand Place (Praça Grande), que como o nome diz, é uma praça grande e histórica no centro de Bruxelas que foi fundada no século XII. É um lugar muito bonito com uma arquitetura singular, inclusive é considerada por muitos autores como a praça mais bonita do mundo. Eu particularmente acho um exagero. Ela é realmente muito bonita, mas para ser a mais bonita do mundo... não sei. Nesta praça encontram-se a Casa do Rei e o Hotel da Cidade, pontos com uma qualificação histórica belga muito importantes. Além disso, também existem muitas fábricas de chocolate, uma verdadeira perdição. Só não comprei nenhum porque. além de ter achado caro, a maioria delas só vende chocolate em muitas quantidades.

 

Grand Place

Grand Place e suas pequenas fábricas de chocolate

 

No fim, já eram quase nove da noite e eu e o Rodrigo decidimos ir a algum bar para podermos desfrutar das famosas cervejas belgas, então procuramos um bar próximo do hotel. Foi complicado pois víamos somente pizzarias e restaurantes, até que achamos um local até então estava meio vazio chamado Le Circus Bier. É um local bacana onde o único garçom fala inglês, francês, flamenco, holandês e arranha no italiano. Eu e o Rodrigo inicialmente estávamos sozinhos na mesa e demoramos horrores para escolher uma cerveja num cardápio com quase 400, todas belgas. Até que decidimos por uma e tomamos. Com o tempo, se juntou a mesa um italiano, um norueguês e um casal formado por uma belga e um estado-unidense. Super simpáticos todos eles. Ficamos quase 3 horas no bar e no fim tomamos 17 cervejas, além de termos comido porções de azeitona, queijo, cebolinha e pickles, por apenas 32 euros. TUDO. Realmente muito barato.

 

Circus bier

Eu e Rodrigo apreciando uma de várias no Le Circus Bier

 

Claro que depois voltamos para o hotel um pouco embriagados, o norueguês também foi no mesmo rumo porque onde ele estava ficando hospedado também era para aquele caminho. Posso dizer que este dia em Bruxelas foi muito bom, pois precisamos de somente um dia, conseguimos ver 90% do que planejamos e foi super bom.

No dia seguinte nós fomos embora cedo e pegamos um trem para Brugge, uma cidade histórica no interior da Bélgica. Mas esta já é uma outra história. Pessoalmente eu recomendo Bruxelas. Acho que dois dias seriam mais do que suficiente.

 

 

Prós

  • Cidade muito barata
  • Cidadão belga simpático
  • Cidade pequena e de fácil mobilidade

 

Contras

  • A língua falada: Flamenco
  • Falta de sinalização com o nome das ruas
  • Poucos pontos turísticos

 

 

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