Cheguei a Brugge (Pronuncia-se “Brúrre”) com meu amigo Rodrigo aproximadamente as 10:00 hrs de trem vindo de Bruxelas. Custou 15 euros ida e volta para uma viagem de pouco mais de 1 hora. Nós não compramos antecipadamente pela internet, pois o preço era o mesmo na hora e sempre tem trens fazendo este trajeto quase que de hora em hora. Como viemos de Bruxelas com as nossas malas, assim que chegamos procuramos por um locker, pois andar em Brugge com malas é praticamente impossível devido a sua arquitetura. Achamos um locker dentro da estação, colocamos nossas malas lá e já fomos comprar o nosso ticket de volta, pois na mesma noite iríamos para Dublin. Portanto teríamos que sair de Brugge para Bruxelas e sem seguida de Bruxelas para Charlerói (Pronuncia-se “Chalêrruá”).

Malas guardadas, fomos a uma banca de jornal e compramos um mapa e fomos para a rua. Diferentemente de Bruxelas, o terminal ferroviário de Brugge é muito bem sinalizado, o que nos facilitou a vida.

Ticket do trem (Sim, tá meio apagado, mas dá pra ver que custou € 7,50)

Lado de dentro da Brugge Railway Station

Lado de fora da estação

Pouco mais de 10 minutos de caminhada, chegamos ao centro de Brugge. A primeira impressão é que voltamos à idade média. O Centro Histórico da cidade foi adicionado à lista de Patrimônio Mundial da UNESCO, então imagina como é lá. Brugge também é considerada a capital europeia da Cultura. Entendo perfeitamente o porquê.  Só a arquitetura da cidade já é uma aula.

Entrada da cidade

Em seguida, fomos para o centro comercial de Brugge, mas antes passamos pela Catedral de São Salvador. Me senti num cenário do Game of Thrones. É incrível a medievalidade do local (Existe essa palavra?).  A igreja é incrível do lado de fora, nós não entramos porque além de não sermos religiosos, ela estava fechada. Perto dali, se localiza a praça central da cidade chamada de Markt.

Sint Salvatorskathedraal (Catedral de São Salvador)

Eu também rs

Começamos a ficar com fome e fomos em direção a praça mais famosa da cidade, a chamada Markt. É um espaço muito grande com vários restaurantes. Como estávamos mortos de fome, entramos no SubWay mesmo e comemos um sanduba. O local estava lotado de estudantes espanhóis e italianos, e a única funcionária era da Bolívia, isso tudo na Bélgica (Juro que fico confuso com isso ainda rs). Depois de comermos o nosso lanche, eu e o Rodrigo decidimos dar uma volta pela praça, agora com calma pois a fome já tinha sido morta.

Esta praça realmente é um local muito bonito, me lembrava muito de um brinquedo que tinha nos anos 80 que consistia em montar casas com bloquinhos de madeira. É impressionante a quantidade e a qualidade nos detalhes das construções. parecia um cenário de filme, pois ao mesmo tempo que eram muito antigas, eram também muito coloridas. Seguem abaixo 4 fotos do pouco que deu pra mostrar desta praça. Ela é muito grande, portanto é impossível mostrar em uma foto só.

Markt

Mais um pedacinho da Markt

Provinciaal Hof. Ou em português, Palácio Provincial

Hallen en Belfort. Um campanário com vista panorâmica da cidade de Brugge, pena que quando chegamos já estava fechado

Seguindo mais ao norte da cidade, pude perceber que se assemelha muito a Amsterdam pela quantidade de canais. Eles são muitos e muito bonitos. Eu juro que não esperava isso tudo de Brugge. Foi bom ir subindo porque eu e o Rodrigo pudemos conhecer uma área menos turística do local, onde somente os nativos estavam. Eu gostei, pois mesmo com essa diferença, as construções são bem parecidas e o estilo de vida pacato predomina em toda a cidade (exceto no centro turístico).

Olhei bem no mapa e vi que haviam dois moínhos antigos numa parte mais ao norte ainda. Era muito longe mas decidimos ir mesmo assim, já que em Amsterdam não vimos nenhum (Nem sei se tem em Amsterdam rs). Chegamos e os vimos próximos a mais um canal e numa parte alta da cidade, onde os ventos são mais fortes. Bem interessante.

Um dos moinhos. Este é o de St. Jans Huismolen

Ficamos pouco tempo nos moínhos, afinal era só aquilo para ver e fomos em direção a La Place du Burg, um local que é perto do Markt mas que esquecemos de ir. De acordo com o mapa, esta praça é composta por várias construções históricas, tais como catedrais, basílicas, hotéis e restaurantes.A maioria banhado a ouro. (Sim, ninguém rouba rs).

Assim que chegamos achamos como uma praça de filmes medievais, com muitos detalhes nas construções. Nesta praça era localizado e ainda é o centro administrativo da cidade. Um prédio que me chamou atenção nesta praça foi a St. Donatius church (Igreja de São Donato), pois além da construção ser riquíssima em detalhes, haviam guardinhas caminhando igual aos de Londres, porém com roupas diferentes é claro. Outra construção interessante e um dos mais belos edifícios de Burg é a prefeitura em estilo neogótico construída em 1376. Foi uma das primeiras prefeituras monumentais nos Países Baixos. Na fachada frontal são seis janelas góticas com detalhes banhados à ouro. Outro local que posso pontuar é a Holy Blood Chapel (Capela do Sangue Sagrado). Ela possui uma pintura escura que contrasta com detalhes banhados com ouro também. Um espetáculo.

St. Donatius Church

Holy Blood Chapel, lá conhecida como "De Steeghere"

Prefeitura de Brugge

Restaurantes na praça Burg

Saindo dali e voltando ao Markt, decidimos ir ao Campanário. Sabíamos que estava fechado, mas fomos mesmo assim só pra não perder a viagem. É bonito, tem um Jardim e tals, mas nada de tão especial, talvez a atração do local seja mesmo a vista aérea de lá. Uma pena que não pudemos ter este privilégio.

Como já tínhamos visto quase tudo de turístico da cidade (Sim, não tem muita coisa, mas vale muito à pena) e como ainda tínhamos algumas horas até o nosso trem de volta a Bruxelas, decidimos andar à toa pela cidade e fomos para lugares onde não era histórico, e sim comercial. Estes locais ficam perto dos canais e são lindos. Ainda bem que fomos para lá. É um local cheio e com muita energia.

Fazendo pose no Dijk Kaanal

Mais detalhes de como são os canais em Brugge

No centro comercial

Os canais são muito bonitos e é possível ver vários artistas de rua, principalmente pintores. É uma obra mais espetacular do que a outra. Consegui flagrar um deles pintando um corredor comum em Brugge. Pena que não tinha dinheiro pra comprar, senão com certeza levaria.

Artista pintando o beco

Por fim, voltamos ao Markt para podermos comer algo. Faltavam ainda umas 2 horas para o nosso trem, mas como estávamos com fome e ainda teríamos que ir para o aeroporto para poder pegar um voo só na manhã seguinte (Sim, iríamos dormir no aeroporto), então decidirmos ir a um restaurante e comer algo que realmente fosse encher a nossa pança. Fomos em um até meio chique (Embora não ligue pra isso) e pedi uma lasanha de legumes, o Rodrigo foi na onda e pediu a mesma coisa. Estava muito gostoso (E caro, em torno de 20 euros pra cada).

Rodrigo esperando o rango já morto de fome

Depois dali, fizemos uma longa caminhada de volta para a estação, pegamos nossas malas no locker e voltamos para Bruxelas, para em seguida pegar outro trem para Charlerói. O aeroporto é muito longe e ainda tivemos que pagar mais 3 euros para pegar um ônibus até o aeroporto (Era o último ônibus da noite). Finalmente chegamos, dormimos lá e voltamos para Dublin.
Eu sinceramente recomendo Brugge, não esperava que fosse encontrar essa cidade medieval tão perto de uma capital. Gostei muito.

• Arquitetura única
• Cidade pequena de fácil mobilidade à pé
• Bem sinalizada
  

• Preços muito altos
• Estação central distante do centro
• Como é pequena, pouca opção de visitação

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